quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Separados por abismo financeiro, Náutico e Sport fazem primeiro clássico de 2018

João de Andrade Neto /Superesportes , Yuri de Lira /Diario de Pernambuco 

 Em 2018, o clássico entre Náutico e Sport completará 109 anos, sendo o terceiro mais antigo do Brasil, atrás apenas dos duelos entre Botafogo e Fluminense e Grêmio e Internacional. Porém, em todos esses anos, os dois rivais talvez nunca entraram em campo em situações tão opostas quanto a do jogo desta quarta-feira, às 21h30, na Arena de Pernambuco, pela 3ª rodada do Campeonato Pernambucano. No caso, o Rubro-negro, que vai para o seu quinto ano consecutivo na Série A, manteve base do elenco e possui uma folha salarial 17 vezes maior (R$ 3,4 milhões x R$ 200 mil). Além disso, os alvirrubros ainda estão dando os primeiros passos no ano após a reformulação do elenco, motivada com a queda à Série C e vários erros administrativos que aprofundaram a disparidade.

 Entre os personagens do jogo, posturas diferentes diante do abismo atual entre os clubes. Pelo lado do Náutico, apesar do reconhecimento do favoritismo pelo rival, a promessa de que o time, que ainda não convenceu na temporada, vai encarar os leoninos de igual para igual. “Quando a gente entra em campo, não quer saber da conta bancária de ninguém, nem quanto o outro está ganhando ou recebendo. Existem treinamentos e profissionais capacitados aqui também. Uma estrutura muito boa para a gente também e temos que honrar essas cores que estamos defendendo”, destacou o meia Júnior Timbó.

Palavras que encontraram respaldo com o técnico Roberto Fernandes, que vai apostar no aspecto motivacional para tentar igualar a diferença existente entre os times. “O favoritismo do Sport é uma realidade, mas o Náutico como mandante vai lutar. Não vamos ser uma equipe acovardada e limitada a marcar. O Náutico vai manter uma postura de equipe grande e de tradição no estado, como tem que ser em um clássico”, garantiu.

Rubro-negros negam favoritismo

Já o técnico e os jogadores do Sport preferem não levar em conta o lado financeiro e negam favoritismo no jogo. Uma forma, antes de tudo, de evitar um possível “oba-oba” antes da partida. O treinador Nelsinho Batista garante que não vislumbra o Náutico como uma presa fácil. Neste início de temporada, prefere colocar os times em pé de igualdade.

“Sabemos que não existe favoritismo. As equipes estão em momento de preparação ainda. O que temos que fazer é ter muita atenção e sermos compenetrados para que os erros não facilitem o adversário”, frisou o treinador, que sob o comando do Sport nunca perdeu para o Náutico. Entre 2008 e 2009, em seis jogos, acumula três vitórias e três empates.

O zagueiro Ronaldo Alves, que já defendeu as cores vermelha e branca, segue raciocínio. Comandado por Roberto Fernandes quando defendeu o Timbu, acredita que o treinador rival será é capaz de fazer o Náutico medir forças com o Sport. “A gente vai preparado para um grande jogo. Conhecemos o Roberto e sabemos que ele é motivador. Vamos preparado para encarar um grande adversário. Em campo, são 11 contra 11. Todo clássico tem a sua dificuldade”, resumiu.

Ficha do jogo

Náutico
Jefferson; Thiago Ennes, Camutanga, Negretti (Breno Calixto) e Gabriel Araújo; Josa, Hygor, Wallace Pernambucano e Júnior Timbó; Daniel Bueno e Medina.

Sport
Magrão; Felipe Rodrigues (Fabrício ou Raul Prata), Ronaldo Alves, Durval e Sander; Anselmo, Pedro Castro, Marlone e Lenis; Rogério e Thomás (Gabriel). Técnico: Nelsinho Batista.

Estádio: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata-PE). 
Horário: 21h30. 
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (PE). 
Assistentes: Marcelino Castro de Nazaré (PE) e Bruno César Chaves Vieira (PE). 
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (setor leste inferior) e R$ 50 (setor oeste inferior e norte superior para visitantes).

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